O deputado federal Célio Studart (PV/CE) cobrou oficialmente explicações do ministro da Educação sobre as ações do INEP para garantir a realização da prova impressa do ENEM aos alunos prejudicados no primeiro teste, realizado em 17 de janeiro.
No documento, Célio apresenta questionamentos referentes aos alunos cearenses que foram prejudicados, a exemplo do quantitativo e quais os municípios dos candidatos que não conseguiram fazer a prova.
O documento enviado à pasta fala em “completo fracasso de gestão, logística e atendimento às condições mínimas de realização do exame” ao se referir à prova aplicada no fim de semana passado. “Foram divulgados relatos de candidatos que foram barrados pelos fiscais da prova com a justificativa de que as salas de aplicação do exame já tinham atingido a capacidade máxima de estudantes e de candidatos que foram orientados a ligar para o Inep e solicitar a remarcação do exame. Entretanto, esses estudantes não receberam nenhum documento que assegurasse a reaplicação e explicasse o procedimento, o que gerou bastante insegurança entre eles”, aponta o parlamentar.
O deputado também pergunta a Milton Ribeiro as medidas adotadas para assegurar que a situação da falta de espaço adequado não aconteça novamente na próxima prova referente à segunda fase do ENEM, a ser realizada neste domingo, 24 de janeiro.
“Acompanhamos um enorme desgaste adotado pelo Ministério da Educação, desde o início da pandemia, que queria tratar com normalidade o exame nacional em meio a maior crise sanitária do século. Conseguimos o adiamento. Porém, ainda estamos em meio a um cenário complicado, com os recentes aumentos de transmissões e casos em todo o Brasil. Quem sofre os impactos são os alunos, o lado mais fraco da equação”, alerta Célio.
Saiba mais
Em maio de 2020, em meio a polêmicas criadas pelo então Ministro da Educação, Abraham Weintraub, deputados como Israel Batista (PV-DF), Célio Studart e outros parlamentares chegaram a protocolar o Projeto de Decreto Legislativo 167/2020, que visava sustar ato do MEC de convocação para a realização do exame.
Em meio à pandemia, Célio destacou que a estrutura de educação do Brasil já era desigual e que ficaria ainda mais distante a igualdade de disputa entre os alunos. “Precisamos minimizar as injustiças e lutar pela igualdade mínima de estrutura de educação para todos”, comentou Célio à época.
As provas impressas estavam marcadas para novembro. O PDL nº 167/2020 visava a suspensão do edital e a discussão de novas datas com todo o sistema educacional, mediante a retomada do calendário de aulas. Por fim, as provas foram realizadas no último domingo, em meio aos relatos de problemas e descumprimentos de medidas sanitárias.
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