A pandemia trouxe uma dura e nova realidade para a população mundial, com isolamento social, medo do futuro, crise econômica e milhares de mortes. No Brasil, este cenário foi agravado pela postura negacionista e incompetente do presidente Jair Bolsonaro e de auxiliares próximos, como o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, alvo de pedido de afastamento em ação que apresentamos recentemente na Justiça Federal no Ceará.
Não é por acaso que a gestão pública brasileira da pandemia foi considerada a pior do mundo, de acordo com um estudo do Lowy Institute de Sydney, na Austrália. A terrível situação de Manaus ilustra bem o caos, com pessoas morrendo nos hospitais literalmente asfixiadas por conta da falta de cilindros de oxigênio.
Enquanto o mundo corria atrás de uma solução para salvar vidas, Bolsonaro minimizava o problema e fechava os olhos para uma das maiores pandemias da história. A lista de irresponsabilidades é vasta – da defesa do uso de remédios sem eficácia comprovada ao desprezo pelo uso de máscaras de proteção e pela aplicação de vacinas desenvolvidas em tempo recorde, em uma grande vitória da ciência.
De olho na reeleição, o atual inquilino do Planalto colocou em xeque o trabalho desenvolvido por instituições renomadas como o Butantan, além de não ter liderado como deveria o trabalho de planejamento visando imunizar os brasileiros no menor tempo possível. Transparência também não é com Bolsonaro: seu cartão de vacinação permanecerá em sigilo por 100 anos. O que ele tem a esconder?
Essa postura tem trazido consequências nefastas, em especial as mortes de mais de 228 mil pessoas no Brasil. O fato é que temos um presidente que não respeita a vida e não reúne as virtudes necessárias para governar o país. Sua gestão durante a crise sanitária entrará para a história como um dos períodos mais lamentáveis dos nossos tempos.
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